“São 108 mil lan houses e, só para dar uma medida de comparação, temos, em todo o país, menos de 20 mil agências bancárias (...). Por essas redes circulam 31 milhões de pessoas, o que representa, segundo o Ibope, 48% de todos os brasileiros que acessam a internet”, afirma Gilberto Dimenstein em artigo publicado na Folha de S. Paulo, no último dia 29 de novembro. Esses números dão a dimensão do problema da inclusão digital no Brasil, pois as classes C, D e E – na grande maioria – apenas conseguem navegar na internet via lan house, um espaço desprezado pelos governos, educadores, escolas e pais. São mais de 55 milhões de brasileiros no Orkut e a grande maioria, acessa de uma lan house.
Entre os dias 18 e 21 de novembro foi realizado, em São Paulo, o primeiro Fórum Internacional da Cultura Digital. A inclusão digital por meio de um amplo projeto de infraestrutura de banda larga para todos permeou todas as discussões do fórum. O Twitter do evento foi o grande repositório de discussões. Por meio da hashtag #culturadigitabr pode-se resgatar os debates (veja perfil). Leia coluna na íntegra no portal Aberje
2.12.09
Lan house levada a sério
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11.11.09
Fazer emergir
"A excessiva ambição de propósitos pode ser reprovada em muitos campos da atividade humana, mas não na literatura. A literatura só pode viver se se propõe a objetivos desmesurados, até mesmo para além de suas possibilidades de realização. No momento que a Ciência desconfia das explicações gerais e das soluções que não sejam setoriais e especialísticas, o grande desafio para a literatura é o de saber tecer em conjunto os diversos saberes e os diversos códigos numa visão pluralista e multifacetada do mundo"
(Italo Calvino)
"Ao contrário de kant, que considerava o conhecimento como sendo sujeito a limites, a ciência contemporânea nos mostra um universo em expansão para sempre, uma realidade em eterno vir-a-ser. Ser e devir se juntam de maneira construtiva. Nesse sentido, essas idéias vão numa direção oposta à posição de um inatismo platônico. Pensando à maneira fractal, podemos dizer que cada ser humano, como um microcosmo, contém em si todo o cosmo. Nesse sentido, nós estaríamos em expansão contínua, atualizando permanentemente nossas potências de ser"
(Nize Pellanda)
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4.11.09
Adeus Lévi-Strauss
“Para mim, hoje, existe um ´eu´real, que não é mais um quarto ou mesmo a metade de um homem, e um ´eu`virtual, que conserva uma idéia do todo. O `eu´virtual prepara um projeto de livro, começa a organizá-lo em capítulos e diz ao `eu` real: Agora é a sua vez de continuar. E o `eu` real, que não consegue mais, diz ao `eu`virtual: o problema é seu. Só você vê a totalidade. Minha vida agora se passa em meio a esse diálogo muito estranho”, disse Lévi-Strauss no seu aniversário de 90 anos.
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25.10.09
Remixaram o grafite
“OsGemeos são patrimônio do Tesouro Nacional”, começa Iara Crepaldi na reportagem de domingo, 25, para revista Serafina (Folha S. Paulo). Realmente a dupla de grafiteiros, que cresceu nas ruas do bairro do Cambuci, conquistou o mundo remixando o conceito de grafite. O primeiro mural deles chega a Manhattan. A crítica de arte do New York Times, Roberta Smith, disse que “os irmãos brasileiros Otávio e Gustavo Pandolfo trazem a arte do grafite para sua fase rococó. Seu mural épico fantástico é, claramente, um sonho de felicidade com um acorde subjacente de melancolia. Tudo nele é elegantemente detalhado, em fina sintonia,um brilho de técnica que segura o olhar sem esforço”.
Eles embelezam o cartaz da 33 Mostra Internacional de Cinema, empacotaram o castelo de Kelburn, do século 13, na Escócia, pintaram o painel dos jogos Olímpicos de Atenas, 2002, entre muitas exposições individuais pelo mundo.
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22.10.09
Marge Simpson remixada
Marge Simpson, personagem da série "Os Simpsons", vai aparecer sem roupa na capa da edição americana da revista Playboy de novembro. A mulher de Hommer e mãe de Bart, Lisa e o bebê Maggie ilustra um ensaio sensual e ainda ganhará uma matéria que vai falar sobre os 20 anos da série.
20.10.09
Mickey Mouse remixado
"O conto de fadas acabou. Nada mais está como antes: o colorido apagou; princípe encantado nenhum virá salvar; ninguém viverá feliz para sempre. Parece mesmo que nada, nada, vai dar certo no final. Alguém sabe o que aconteceu com o Pateta? A Minnie? O Donald? Onde estão todos eles? Ninguém mais ri por aqui. Está tudo cada vez mais… mais… mais cinza. Não bastasse isso. Dia a dia o medo cresce. Não há quem pense numa alternativa, o que querem é se esconder – se esconder, de medo. Tantos tempos de glória, tantos fãs, tantos amigos, tantas risadas terminarão assim, então. Alguém precisa fazer alguma coisa! Pois serei eu. Mais uma vez. Se foi mesmo o Osvaldo o responsável por tudo isso, dessa vez ele foi longe demais!
Eu sou o protagonista, o principal. Este é o meu mundo e esta é a minha história – a de mais ninguém! Vou devolver a cada conto o que lhes foi tirado. Se for preciso, desenharei tudo de novo, das minhas próprias mãos. No mundo de Walt Disney, eu, Mickey Mouse, sou o verdadeiro herói da história." Reproduzo aqui trecho do excelente post de Guilherme Zocchio e Pedro Moutropoulos no blog PUCF5
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15.10.09
Sem medo de correr riscos
Ouço como consultora, muitas angústias de empresas temerosas com a comunicação digital, muitas vezes ainda tentando falar só com seus públicos conhecidos e tendo arrepios quando se fala em 2.0, compartilhamento, comunicação horizontal, mestiçagem de públicos e trocas. Na estréia dessa coluna quero lembrar Fernando Pessoa que disse certa vez: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia. Se não ousarmos, ficaremos para sempre à margem de nós mesmos”.
Ousar na mídia digital significa não ter medo de arriscar, não ter medo, por exemplo, de convencer TI de que as redes sociais (Flickr, Facebook, Twitter) vieram para ajudar e que sua marca e sua empresa ficarão muito mais próximas do consumidor. Como disse Gilberto Gil, no último 01 de outubro, quando a cidade de Santos acolheu Pierre Lévy, Gilberto Gil, André Lemos, Laymert Garcia dos Santos, Cláudio Prado, José Murilo Júnior e Sérgio Amadeu para o debate da cibercultura, informalmente batizado de Suingue da Cibercultura 10+10, "é preciso errar... errar de um jeito novo... acertar também... mas é sempre importante renovar e não ter medo de errar”, afirma Gil. Para acompanhar como foi o debate #10+10, acesse do Fórum da Cultura Digital Brasileira.
“Sim, nós podemos”, disse o presidente Lula parafraseando Obama quando saímos vencedores para sediar as Olimpíadas de 2016. Podemos também reunir 21 mil pessoas, como fez Oprah Winfrey em Chicago, em 08 de setembro, durante o maior Flash Mob do Mundo, durante a apresentação do conjunto Black Eyed Peas. Foram convidados 800 bailarinos. A informação vazou pela web e uma massa dançou sincronizada para o clipping.
Não podemos esquecer que a tecnologia veio para ficar, não tem retorno; o mundo fica menor a cada dia e os relacionamentos são valores-chave para o desempenho pessoal e, por último, as lideranças políticas e sociais são voláteis, mudam rapidamente de acordo com as estratégias sócio-econômicas do mundo globalizado. Para Maria P. Russel, professora de Relações Públicas e diretora da. Newhouse School of Public Communications Syracuse University, devemos ter muito claro a imagem do século XX, associando-a ao filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin. No filme a prática de gestão do trabalho baseia-se na radical separação entre concepção e execução, com foco no trabalho simplificado, sem emoção, apenas concretizado na repetição de ciclos pré-determinados pela linha de produção. Russel faz um paralelo entre o século XX e XXI, quando diz que no século passado o ser humano era visto como uma engrenagem, seja no trabalho, na vida social ou nos vários papéis que eram obrigados a desempenhar. Hoje, ele é porta-voz do século XXI. O ator principal.
Ousar na mídia digital significa não ter medo de arriscar, não ter medo, por exemplo, de convencer TI de que as redes sociais (Flickr, Facebook, Twitter) vieram para ajudar e que sua marca e sua empresa ficarão muito mais próximas do consumidor. Como disse Gilberto Gil, no último 01 de outubro, quando a cidade de Santos acolheu Pierre Lévy, Gilberto Gil, André Lemos, Laymert Garcia dos Santos, Cláudio Prado, José Murilo Júnior e Sérgio Amadeu para o debate da cibercultura, informalmente batizado de Suingue da Cibercultura 10+10, "é preciso errar... errar de um jeito novo... acertar também... mas é sempre importante renovar e não ter medo de errar”, afirma Gil. Para acompanhar como foi o debate #10+10, acesse do Fórum da Cultura Digital Brasileira.
“Sim, nós podemos”, disse o presidente Lula parafraseando Obama quando saímos vencedores para sediar as Olimpíadas de 2016. Podemos também reunir 21 mil pessoas, como fez Oprah Winfrey em Chicago, em 08 de setembro, durante o maior Flash Mob do Mundo, durante a apresentação do conjunto Black Eyed Peas. Foram convidados 800 bailarinos. A informação vazou pela web e uma massa dançou sincronizada para o clipping.
Não podemos esquecer que a tecnologia veio para ficar, não tem retorno; o mundo fica menor a cada dia e os relacionamentos são valores-chave para o desempenho pessoal e, por último, as lideranças políticas e sociais são voláteis, mudam rapidamente de acordo com as estratégias sócio-econômicas do mundo globalizado. Para Maria P. Russel, professora de Relações Públicas e diretora da. Newhouse School of Public Communications Syracuse University, devemos ter muito claro a imagem do século XX, associando-a ao filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin. No filme a prática de gestão do trabalho baseia-se na radical separação entre concepção e execução, com foco no trabalho simplificado, sem emoção, apenas concretizado na repetição de ciclos pré-determinados pela linha de produção. Russel faz um paralelo entre o século XX e XXI, quando diz que no século passado o ser humano era visto como uma engrenagem, seja no trabalho, na vida social ou nos vários papéis que eram obrigados a desempenhar. Hoje, ele é porta-voz do século XXI. O ator principal.
Coluna publicada no site da Aberje que compartilho aqui
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