"A excessiva ambição de propósitos pode ser reprovada em muitos campos da atividade humana, mas não na literatura. A literatura só pode viver se se propõe a objetivos desmesurados, até mesmo para além de suas possibilidades de realização. No momento que a Ciência desconfia das explicações gerais e das soluções que não sejam setoriais e especialísticas, o grande desafio para a literatura é o de saber tecer em conjunto os diversos saberes e os diversos códigos numa visão pluralista e multifacetada do mundo"
(Italo Calvino)
"Ao contrário de kant, que considerava o conhecimento como sendo sujeito a limites, a ciência contemporânea nos mostra um universo em expansão para sempre, uma realidade em eterno vir-a-ser. Ser e devir se juntam de maneira construtiva. Nesse sentido, essas idéias vão numa direção oposta à posição de um inatismo platônico. Pensando à maneira fractal, podemos dizer que cada ser humano, como um microcosmo, contém em si todo o cosmo. Nesse sentido, nós estaríamos em expansão contínua, atualizando permanentemente nossas potências de ser"
(Nize Pellanda)
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