28.11.08

Jornalismo 2.0: novos olhares em Itu

Hoje participei do evento Jornalismo 2.0, um rico encontro de gente legal e antenada em Itu, resultando na Carta de Itu, coordenada e editada por Deborah Dubner e que contou com a participação de: Alan Dubner, Anicleide Zequini, Armênio Guedes, Cadu Lemos, Camila Bertolazzi, Carlos Piazza, Deborah Dubner, Fabio Steinberg, José Marcio Mendonça, Manoel Fernandes, Marcelo Coutinho, Mylton Ottoni, Olga Sodré, Pollyana Ferrari, Roberto Mayer, Rodrigo Azevedo e Rodrigo Tomba.
Princípios & Conceitos:

-Autoria colaborativa: é feito por todos e para todos. Um parágrafo escrito por você pode ser linkado e relacionado a outras pessoas, conceitos e páginas, incorporando dezenas ou centenas de autores.
- Perenidade: a notícia não morre, os fatos nunca estão consumados, estão sempre vivos.
- Não precisa de grandes corporações intermediárias: pode acontecer de cidadão para cidadão
- Exige uma mudança de atitude: menos poder e mais talento
- Está apoiado mais nos relacionamentos do que nos conteúdos: quem tem uma boa rede vai mais longe.
- Interação direta com o leitor: quem me lê não está lá, está aqui!
- Interatividade: um jornalismo que interage 24 horas por dia com as mídias, pessoas e conteúdos relacionados.
- Humanidade: em vez de “usar fontes”, interage com pessoas.
- conexão: um jornalista 2.0 não está mais sozinho; tem a rede junto com ele.
- one-to-one: esqueça respostas padrões ou automáticas.
- velocidade: tempo real na rede
- poder descentralizado: o detentor da informação se transforma em divulgador da informação
- afinidade: não temos mais reféns, temos fãs!
- ética: liberdade pede mais responsabilidade. O jornalista 2.0 tem o poder da escolha.
- profundidade: a informação é de domínio público. A qualidade da informação depende de cada um.
- aprendiz: o jornalismo 2.0 é aprendiz em sua essência.
- desapego: é mais saudável compartilhar do que dominar.
- pensamento hiperlinkado: diferenciando o essencial do periférico
- Descompressão – A informação não precisa mais ser comprimida. Ela se torna ampliada e ampliável.

27.11.08

Feliz aniversário Lévi-Strauss


Amanhã, 28, Claude Lévi-strauss faz 100 anos. "Sem forças" e isolado em seu apto em Paris, o antropólogo não sai mais nas ruas parisienses. Ele não consegue perambular para perceber que o Kebab tornou-se tão popular quanto o crepe -- num país onde convivem chineses, senegaleses, brasileiros, marroquinos e franceses [eterno negociar pluricultural]. Seu estruturalismo, hoje moderníssimo nas redes sociais, passou por 2 guerras mundiais ao mesmo tempo em que assistiu o século 20 passar por tudo que vivemos.

Parabéns nesta data querida!

21.11.08

Blogs corporativos na pauta do dia

















Na próxima terça-feira, 25, a partir das 11h, participarei com Fábio Cipriani de um chat sobre o tema "A comunicação eficaz dos blogs corporativos", promovido pelo portal Nós da Comunicação.

Não conheço pessoalmente o Fábio Cipriani, que é master of Science in Wireless Systems pelo Politécnico de Turim, na Itália, e é o criador do blog Serendipidade, que trata de marketing, negócios, criatividade, inovação e comportamento, e do blog oficial do livro 'Blog Corporativo', de sua autoria pela Novatec Editora, mas o encontro pelo twitter Estou animada com o encontro Fábio e aproveito para convidá-lo e a todos para participar do evento jornalismo 2.0 que ocorrerá em Itu/SP onde farei palestra na sexta, 28.

Mercadão como ótima opção de passeio















Gabriela Tozzo, aluna do primeiro ano de Jornalismo da PUC-SP, foi pela primeira vez visitar o Mercado Municipal de São Paulo. Se apaixonou pelas cores, frutas, azeitonas, passeio. Confira as fotos e anime-se para visitar o mercado nesta sexta meio feriado/ponte em SP.

Dia sem música


O músico e ativista escocês Bill Drummond propõe um dia sem música. Desligue o mp3, não cante no carro, desligue o iPod. Há quatro anos no dia 21 de novembro, dia de Santa Cecília, a padroeira da música é o dia sem música.

18.11.08

Roda Viva com D. João














Ontem participei de uma experiência interativa no twitter do Roda Viva. Eu explico: o bisneto da princesa Isabel, Don João Henrique Maria Gabriel Gonzaga de Orleans e Bragança, 54 anos, foi o entrevistado do Roda Viva. No Bi-Centenário da chegada da Família Real Portuguesa e semana de feriado [Consciência Negra], nada mais apropriado.
O Radar Cultura vem experimentando novas linguagens, formatos e recursos ao integrar rádio, TV e internet usando o ambiente de colaboração e experimentação na internet da Fundação Padre Anchieta. Vale a pena acompanhar os melhores momentos.

17.11.08

Rua das Tulipas é imperdível



Rua das Tulipas é o filme da 2ª turma da Oficina de Animação 3D da OZI Escola de Audiovisual de Brasília. O filme foi realizado em 3 meses pelos alunos que em sua maioria nunca tiveram contato anterior com nenhum programa 3D. Sensacional!!!! Parabéns!

Obama conseguirá?


Acordei com o Japão em crise, fusões da indústria automobilística, relacionamentos que padecem da vida moderna, dos pacotes do passado. Filho adolescente que pergunta por que a esquerda fracassou? A direita também não é a saída mãe? Obama com missão de superman (...) acho melhor eu correr na esteira vendo Warner. O mundo anda muito complicado!!!!

16.11.08

Convergência total


Meu livro "Hipertexto, Hipermídia" é adotado no Jornalismo do Mackenzie e neste ano foi tema central do trabalho sobre o futuro do Jornalismo na Internet. Leandro e Andréa, autores do blog A velocidade necessária produzirem entrevistas em formato de vídeo-aulas e publicaram no YouTube. Gostei muito do resultado. Parabéns!

15.11.08

Calvin, twitter #2

A foto da Manchete da Folha com a montagem das caras de Berlusconi, Merkel, Bush e Brow está imperdível....

sobre a crise financeira....um filho resmunga: tudo tinha que ocorrer antes do intercâmbio. Adoro resmungos no café da manhã. Viu , já estou de férias!

Berlusconi sempre terá esse sorriso número 3 falso, o que me lembra de Viva Zapatero! Nisso alguém grita: esse documentário Michael Moore de saias de novo não mãe!! Vamos patinar no parque.

adoro o sarcasmo matinal aqui de casa. Meu café/férias feliz na minha mente era um comercial doriana, mas estamos mais para Simpsons....ok

bisneto da Princesa Isabel, Don João Henrique Maria Gabriel Gonzaga de Orleans e Bragança, no Roda Viva segunda, 17. Valeu Bel pelo convite! Vou adorar cobrir pelo twitter na Cultura.

será que a família real pensa em ter um canal no YouTube como o The Royal Channel inglês? vai ser divertido "twittar" com um herdeiro...

Hoje é dia 15 de novembro!!! Vamos ver o que aconteceu nesse dia????? Em menos de 5 minutos estou sozinha na varanda com a cachorra que ainda rouba um peito de peru light da mesa..."Aula de história no café Mãe", menos!!!

Isso é dormir 5 horas e acordar mãe Ricardo Cobra! Adolescentes pré-vestibular. Socorro? Tragam de volta meu comercial da Doriana....



Calvin, twitter, café da manhã feliz

Sempre desejei filhos Calvin. Sou fanática pelas tirinhas e hoje ao registrar meu café da manhã pelo twitter percebi como sou feliz. Felicidade não vem com casamento, casa própria, bom emprego. Felicidade são pílulas de alegria, que aproveitamos ou o efeito passa muito rápido. Felicidade é poder se dar uma hora de férias todos os dias. Preparar um piquenique na varanda para o café da manhã -- tudo para animar o filho que presta vestibular amanhã e está uma pilha. Abaixo alguns trechos do café com Nutella, cereais Bob Esponja e muito rapidez de sinapses. Todo mundo aqui em casa é não-linear. Até a cachorra que participa roubando peito de peru light bem na minha frente.

@rcobrabr....bom dia querido. Aqui um filho pergunta se podemos patinar no Vila Lobos? Outro está uma pilha pelo vestibular de amanhã. Mãe?

bom dia twitters. Ser mãe é responder se vamos patinar no parque Vila Lobos e ao mesmo tempo preparar café especial na varanda.

aliás, hoje vou levar a sério o que aprendi com Eugênio Trivinho: tire férias todos os dias. Uma hora, meio dia. HJ ficarei fazendo nada

vestibular, tento me transportar para lá - eu não recebi sms da Universidade confirmando a prova, endereço, gmail. Isso mudou!

mas minha ansiedade que me fazia quebrar pontas de lápis, tentar entender o século XX enquanto escovava os dentes. Puxa, isso eu passei DNA

14.11.08

Vai começar o 13 MTB



Vai começar a 13ª edição do MTB 12 horas, eleito pela Revista Bike Action como o melhor evento de mountain bike do Brasil em 2007. A largada será à meia noite na arena do mountain bike do Serrazul, no Km 72 da rodovia dos Bandeirantes. As medalhas remixadas (foto) estão lindas!

Durôes não ligam

A impossibilidade do encontro (...)

Ambos sabiam que o improvável sempre iria acompanhá-los. Desde o primeiro encontro; não havia força capaz de movê-los para a consumação das coisas. Eles eram apenas sonhos e sensações, as mais puras e belas. Cada um sabia exatamente o que o outro sonhava ou desejava para si e para o mundo em que viviam.
Mas eram incapazes de, por exemplo, marcar um encontro simples, sem atrasos, correrias ou pressa. O relógio do dia-a-dia os aprisionava. Eles eram atrapalhados (ambos) e mal conseguiam dar conta da chatice do dia-a-dia. Tantos papéis para representar na escola, no trabalho (...) Tantos telefonemas que nunca foram feitos. NÃO QUERIAM INCOMODAR.
Eles sentiam saudade. Aquela que aperta o peito, mas se recusavam a se apaixonar. Isso era para os tolos. Eles estavam numa esfera acima, prometeram não sofrer mais. Já sofreram muito. Plastificaram o coração e viviam disfarçando os sentimentos.

O tempo passava e eles permaneciam atrelados como um bote salva-vidas, que envelhece ao lado do navio, sem uso. Queriam tempo e um lugar doce, mas só aconteciam encontros próximos ao metrô, ou em pequenas doses de felicidade. O expresso 1368 só partiu uma vez. Eles conseguiram, neste dia, congelar o tempo, ou melhor, expandi-lo como se tivessem entrado num portal mágico. Lá os sonhos – por horas – pareciam para sempre.
Mas ao tentarem pegar o mesmo trem, a sombra do dia-a-dia os envolvia de culpa, compromissos, tolices e racionalizações que os românticos fazem constantemente para se mostrarem durões.
Durões não ligam, durões escrevem num bloquinho velho.
Mas jamais ligam e dizem:
Vem me ver agora.

Feel Good


Acho o Rehab o melhor clip de Amy Winehouse. Tem gosto, sabor bom, energia!!! Falando em gosto. Um desodorante com extrato de abacate? Os comerciais no YouTube estão muito divertidos!

13.11.08

Existe equilíbrio entre o caos e o controle sem líderes?

Acordar cedo com sensação de não ter dormido. Trabalhei muito com os anjos que me carregam: fizemos reuniões, wireframes, rizomas, planejamos novo curso de blog e daí acordo me carregando às 6h da matina. Sim, já trabalhei muito nesta noite. Anoto tudo em bloquinhos que tenho espalhados pela casa - coleciono bloquinhos de todos os tipos, desde que caibam na bolsa.

São 7h12 e começo a ler o lindo relato de Ceila Santos fez no blog Mídia Social. Realmente quando comentei no BarCamp com a Ceila ela era uma criança chegando na rede. Uma criança linda, sorridente, cheia de lápis de cor, idéias, e o que era mais rico: uma certeza inabalável que não fazia mais parte do mundo dos coleguinhas das redações. Me apaixonei por Ceila imediatamente e mesmo com a correria, muita falta de sono, muitos livros para dar conta de ler e pesquisas (tá quase saindo do forno a morte dos portais de notícias....) para entregar, grupos de estudo para dar conta, orientandos, aulas etc, mesmo nos distanciando fisicamente, me enchi de alegria nesta manhãzinha de chuva fina em SP: Ceila cresceu rápido demais e já está, como uma adolescente, questionando a rede. Sua pergunta, que transformei em título deste post matinal [Existe equilíbrio entre o caos e o controle sem líder?] irá para a próxima reunião de orientação com meus alunos da pós-graduação. Você está convidadíssima a participar!

ps: Leia Mil Platôs do Deleuze...antes de 2009


"É engraçado como algumas perguntas só começam a fazer sentido na nossa vida após alguns meses ou anos. Uma delas foi um comentário feito por uma amiga sobre a formação das redes sociais, durante um BlogCamp - onde foco da discussão ainda era entender o que levava os internautas a produzirem seus próprios conteúdos. Afinal, uma rede se forma sozinha ou é preciso criá-la?

Naquela época era tão claro que a rede ia nascendo e surgindo de forma gradativa que jamais teria entendido ao que essa amiga referia. Quase um ano depois descubro o quanto é enigmático ainda, pelo menos para mim, formar redes, participar de coletivos e ser um colaborador ativo. Descobri que algumas redes exigem sim um esforço maluco para criá-la e haja dedicação total e exclusiva para que ela continue viva. Pior que formá-la é mantê-la viva diante da evolução da própria rede. Nem sempre quem cria a rede evolui no mesmo ritmo, ou vice-versa.

Explico: quando uma rede começa a ganhar força, ela torna-se uma rede própria que segue outro caminho e exige uma nova busca. Uma rede é uma eterna formação em plena construção. E, detalhe: não existe rede se ela é uma iniciativa solitária. Formar rede exige um coletivo, o qual precisa adquirir a mesma postura de dedicação total e exclusiva. É preciso que todos estejam na mesma sintonia e, de certa forma, que todos assumam um papel ativo pelo bem comum.

Parece óbvio, mas basta fazer parte de qualquer rede para perceber o quanto esperamos do outro aquilo que temos capacidade de fazer sozinho pela rede. É complicado assumir nossas próprias competências dentro de um ambiente coletivo. A sensação é de que “fazer parte” implica também pedir permissão ao outro. E quem é esse outro dentro de um ambiente de iguais? Quem é a referência de um coletivo? A quem devo perguntar o que pode, ou não, fazer aqui e agora? E o pior: qual é o limite de ser ativo sem desrespeitar o coletivo?

Minha sensação é de que coletivos precisam de líderes para serem construídos até que o próprio ambiente torne-se líder de si mesmo. É necessário que os colaboradores sintam-se donos daquilo que se forma, tomam posse das suas competências e, para isso, talvez, o código seja a lei. Não há ambiente de rede onde a tecnologia ainda é extremamente controlada, rígida e feita por líderes. O que me faz pensar: existe equilíbrio entre o caos e o controle sem líderes?"

12.11.08

Árida Lei











A rua estreita me angustiava. As pessoas feias também. Tudo era árido, marrom, desértico. Casas sem telhado, caixas d´água na cor azul estragavam o céu. Olhei em volta, só pobreza, muros pichados, mulheres arrastando os filhos para escola.

-- Aqui é o fórum? Perguntei para uma gorda que subia a ladeira.

-- É sim, respondeu com um olhar que engata uma pergunta: cadê o filho? Não veio pedir pensão? Só que ficou só no olhar, mas a pergunta veio no vácuo até mim.

A espera ocorria nos bancos da praça, colocados na calçada da edificação de dois andares. Sentei-me ao sol. Lembrei do dia que saí correndo para comprar um despertador, pois sabia que, a partir daquele dia, dormiria sozinha de novo, ninguém mais me chamaria para tomar café.

A vara de Família fica no piso superior, no térreo, a Criminal. Dejavú total. Vejo meu ex e a advogada num terninho rosa Barbie. Já vi esta cena antes, só que o cenário era mais bonito, prédio centenário, advogadas de preto, homens elegantes em ternos bem cortados. Gravatas Armani.

Claudia Fartollo, sala 3, grita o escrivão. O acompanho sem questionar. O tapete vermelho, disposto como em dia de casamento na igreja, cheira a mofo. A sala, com porta-dupla em mogno, tenta passar austeridade.

Ao entrar vejo o juiz em sua pose de Lei. Que jovem? Deve ser mais novo do que eu; com certeza sua primeira Vara. Ele se levanta e inicia a sessão. Percebo que sua beca é curta para ele. Que horror! Juiz feio e com beca curta. Mau presságio.

Todos começam por baixo, penso baixinho. Percebo o vaso com rosas vermelhas, de plástico. Dejavú novamente. Lembro do sábado que casamos pela manhã, num cartório feio, com balcão improvisado, toalha com etiqueta do Extra e rosas brancas, também de plástico.

Ele lê o processo, quer agradar e faz comentários sobre a importância dos pertences pessoais (livros, discos, revistas etc).

-- O casamento acabou? Os dois estão certos disto? Sim, responde Leopoldo Henrique. Já esgotamos todas as tentativas. Neste instante o tempo se congela.

Em segundos revi toda nossa história. A magia do encontro na água, o sabor do melhor beijo do mundo, da última temporada de beijos. Tudo começa a ficar turvo; vejo o juiz falando baixinho que a união não gerou filhos e isso era bom.

Percebo que tenho um estranho na minha frente. Percebo também que nosso roteiro chegou ao fim. Um final com paredes rachadas, juiz em início de carreira e uma fila de mulheres com filhos em busca de pensão alimentícia na sala ao lado.

Realmente vejo que não temos mais nada em comum. Ficou apenas a camisa, a calça, o cinto, o sapato – todos presentes meus – talvez até a cueca, mas essa não verei mais. Mas as roupas envelhecem como nós, um dia perderão a cor.

Tudo termina em dez minutos. Entro muda, assino e saio muda.

Quero sair correndo, dirigir até Santos, entrar no mar, comer queijadinha; conversar com o Leão Marinho da minha infância, visitar o aquário do Gonzaga. Me sinto Kundera em “A insustentável leveza do ser”. Nunca um percurso de 15 km demorou tanto. Já que não conseguirei entrar no mar, busco um prédio bem alto. Quero sentar e olhar a cidade lá de cima. Não estarei sozinha, meu anjo da guarda vai comigo. Ele anda cansado, tenho dado bastante trabalho.

-- Como pode alguém ter tantos flashbacks? Pergunto ao anjo, que apenas sorri, com sorriso largo, ele tem “sardinhas”. Todos os que têm sardas, pertencem à mesma galáxia, acredito nisso.

Não quero voltar para casa, o mundo gira dentro de mim. Lembrei-me dos meus 22 quando quis ir para rodoviária com uma passagem apenas de ida; quis fugir, desaparecer, sumir numa paisagem desértica. A sensação era a mesma. Também não queria voltar para casa e um pequeno, que chorava a noite toda de cólica, me fez ficar e comprar muito Ninho, latas e mais latas.

Dos 25, que acreditei na razão, na casa própria. Ouvia “Abacateiro”, e achava que Gil dava conta do recado, Tropicália na veia. Dos 33, quando achei que tinha todas as respostas, não lembrei de música nenhuma. A cada despedida, um desejo, um sabor. O gosto fica na boca, não passa. Carregamos como uma música que gostamos.

ps: a foto do deserto de Atacama é linda demais. Amei sua foto Angelo Duarte

De unha encravada a FGTS


Nada mais remixado do que este folheto que Marcelo Leite postou em seu blog. PaiArnapio resolve qualquer problema. Amo o Brasil. Ótima quarta-feira para todos.

11.11.08

Quarto Mundo: um coletivo de peso no mundo dos HQs

Fazia tempo que eu não via um fanzine fora do reduto universitário. A galera do Quarto Mundo tem muita coisa bacana para compartilhar seja no impresso independente ou no blog. Eles se definem, no autêntico estilo manifesto, como "um grupo atuante de quadrinhistas que se propõe a ajudar a distribuir, vender, divulgar e trocar experiências de produção de revistas independentes, procurando soluções para contornar os problemas relativos à essa produção em nosso país. O Quarto Mundo não é uma editora, não tem sede, proprietários, nem tampouco se limita ao grupo atual. Ele é uma marca, um manifesto". Não deixem de ler Motoqueiros do Apocalipse, Lar Doce Lar e Fragmentos - amei!

9.11.08

Histórias, relatos, meu dia-a-dia













Clélia,

Adorei seus relatos no blog. Nada como espantar os fantasmas falando neles diariamente. Isso já me disse minha terapeuta quando iniciei um roteiro para digerir um divórcio pesado. Estou há 2 horas - num domingo de sol - lendo seu dia-a-dia e confesso que sua força virou a minha também. Já nos conhecemos, apesar de não pessoalmente, mas seu filme "Mais uma vez Amor", está aqui na estante e já vi umas 5 vezes, adoro! Bom, temos a mesma faixa etária, filhos com 12 anos. Enfim, bem-vinda ao mundo das mulheres que riem das próprias agruras e seguem em frente com seus anjos da guarda. ótima semana.

"Rebolation" na manhã de domingo

Aulas de guitarra pelo YouTube são normais na minha casa. Dicas de como se faz um nó de gravata também. Como fazer a barba em 4 passos. Mas confesso que aula de "Rebolation" foi a coisa mais divertida que fiz num domingo de sol. Para quem ainda não conhece, Rebolation é o novo hit das baladas adolescentes. Eles treinam em casa com o YouTube de professor ao som de músicas vintage e cenários amadores de jovens no próprio quarto de óculos escuros. Definitivamente, adious TV. Já acordam com o YouTube ligado.

PS: queima muita caloria e eu ainda estou na aula básica.

6.11.08

Conversa não-linear com Jimmy Wales


Debate em formato “wiki” sobre produções colaborativas de conhecimentos livres no Brasil, o cenário atual, seus desafios e oportunidades. Será uma conversa não-linear entre Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, debatedores convidados, platéia presente e público virtual, que poderá enviar perguntas via twitter. O evento é gratuito e quem se inscrever antecipadamente terá prioridade durante a distribuição das senhas. O debate também será transmitido online para quem não puder comparecer.

Obama design por John Klotnia

Design Obama

Adorei a seleção de Jérémie Werner sobre Barack Obama. São 50 obras de designers para nosso deleite. A minha favorita é a bandeira dos EUA remixada por Joh Klotnia (foto). Descobri o Evasion lendo caderno Mundo hoje na Folha de S. Paulo.

5.11.08

A remixagem venceu nos EUA

Para quem não acreditava que os Estados Unidos da América elegeria um negro deixo alguns trechos do discurso de Barack Obama como presidente. Para quem ainda achava que os americanos manteriam os velhos hábitos, ignorando as minorias, os gays, a guerra, a recessão, Obama foi a resposta. O Universo se encarrega de fazer a limpeza necessária. Vamos trocar o country pelo jazz.

"Se pessoas ainda têm dúvidas de que a América é o lugar onde as coisas são possíveis, que ainda acreditam que o sonhos dos nossos fundadores ainda estão vivos, se ainda questionam o poder da nossa democracia, esta noite é a sua resposta", afirmou Obama em seu discurso de vitória, a milhares de partidários, em Chicago, Illinois --Estado pelo qual Obama é senador.

(...) "Vocês fizeram isso porque entendem a grandiosidade da tarefa que temos pela frente. Podemos comemorar nesta noite, mas entendemos que os desafios que virão amanhã serão os maiores de nossos tempos --duas guerras, um planeta em perigo, a pior crise financeira do século.

Enquanto estamos aqui nesta noite, nós sabemos que há corajosos americanos acordando nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscar suas vidas por nós. Há mães e pais que ficam acordados depois de os filhos terem dormido se perguntando como irão pagar suas hipotecas ou o médico ou poupar o suficiente para pagar a universidade de seus filhos. Há novas energias para explorar, novos empregos para criar, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar".

"O caminho será longo. Nossa subida será íngreme. Nós talvez não cheguemos lá em um ano ou mesmo em um mandato. Mas, América, nunca estive mais esperançoso do que chegaremos lá. Eu prometo a vocês que nós, como pessoas, chegaremos lá"