Gphone e as panquecas da IHOP

Será que irei me incomodar tanto com as propagandas que receberei se um dia tiver o Gphone do Google? Não sabemos se o telefone vai ser lançado, mas só se fala nisso nos blogs de tecnologia na California. Celular para falar, navegar na internet, mandar torpedos, trocar fotos -- tudo de graça! De graça não, basta eu permitir receber propagandas sob medida no aparelho. Se eu puder ter ofertas sutis como a do café da IHOP [International House of Pancakes], citada no filme "Sobre Café e Cigarros", de Jim Jarmusch tudo bem. Aliás, lembrei com nostalgia das noites de sábado que me acabava na IHOP devorando pancakes em pilhas generosas. Era meu programa favorito enquanto morei na Califórnia. Criada em 1958 em Los Angeles, mas precisamente no subúrbio de Toluca Lake, a IHOP continua servindo bom café americano e sensacionais panquecas.

Tarantino que te amo

O curta Tarantino´s Mind, com Selton Mello e Seu Jorge conversando numa lanchonete sobre a filmografia de Tarantino, está imperdível. Vá rapidamente até o YouTube mais próximo e acesse. Ótima pedida para um fim de tarde de sexta-feira chuvosa. Acho que vou até a locadora mais próxima me entreter com a primeira temporada de Heroes. Pipoca com provolone, bj e heróis com poderes. O que mais posso pedir para ser feliz!

Lua cheia

A noite caiu

A lua quase sumiu

surgiu

eu chorei

Chorando

resolvi reagir e ligar

Sua voz me deixou mais feliz

Sei que alguém gosta de mim

....mas sozinha

adormeci

Acordei. O relógio marcava 3 horas. Tomei leite

Chorei. Nem sei bem o motivo

Acho que a cama

grande

me assustou

Acho que não queria estar ali

Acordei. São 8h35. O tefefone toca. É o meu amor. Consigo

levantar com dificuldade. Estou sem forças

sem brilho.

Quero fugir para o mar, voltar a ser sereia.

Acho que preciso retomar a poesia

Ser menos dura comigo, sonhar

Trabalho, trabalho e trabalho. Nunca

trabalhei tanto! Tudo depende da minha opinião.

Queria ser Laura, Maria, menos eu.

Bate a saudade. Hoje não verei meu amor, mas um dia duro.

A tarde cai densa na cidade cinza

Eu me sinto cinza

Meu texto sai cinza

Preciso sair para respirar.

Preciso de ar

São Paulo, 04/05/95

ps: achei este bilhete amarelado hoje numa caixa de cartões antigos. Sempre gostei de bilhetes em guardanapos, pedaços de papel. Resolvi remixar o bilhete, afinal, achei-o super atual, minha paixão pela lua, a solidão e a cama imensa.

Qual seu tipo de homem?

A psicóloga Mara Suassuna explicou, ontem no Fantástico, como funciona a nova linguagem das mulheres para definir os homens. CBF, UTI e EUA fazem parte do código que tem a função de rotular o adorável sexo oposto. Vale a pena conferir: CBF – “Caráter bem fraquinho”. EUA: “É uma anta!”. UTI: “Um tanto indefinido”. Tem coisa boa também: OEA – “Olha ele aí” – é o tipo de homem que toda a mulher gostaria de ter. Um verdadeiro tesouro. “Quando fala PHD, significa pobre homem dominado’. É aquele que, se a mãe liga, o seu almoço foi para o espaço”, explica Suassuna. Já o BCN é aquele homem: “Bota chato nisso”. Um tipo que todas mulheres já cruzaram um dia, IBM – ‘Indivíduo bastante mesquinho”. Agora o UAU - "Único animal único" são os homens em extinção.

Sorvete de pistache com James Blunt

Vamos combinar que James Blunt, considerado o novo Elton John, é gostoso, tem um jeito displicente de ser e suas canções combinam com sorvete. Sei que estou mono desde sexta-feira, só pensando em sorvete e vestidos floridos. Tudo bem, me dei folga mental. Você já baixou "Back to Bedlam", de Blunt? "You´re Beautiful", por exemplo, combina com milkshake e Havaianas tiras finas e douradas. Supérfluo total. E o que mais podemos esperar de um setembro chato, calor e frio, com Renan, Ciro Gomes e muita chatice em Brasília? Vamos combinar: esqueça o dia-a-dia, passe num supermercado 24hs, compre um pote de sorvete e baixe o set list do gostoso Blunt. Ele já vendeu mais de 11 milhões de cópias no mundo todo, ocupando o 1o. lugar nas paradas de 18 países e ficando entre as 35 mais tocadas em 35 nações. Uma lista do que o moço já conquistou inclui cinco indicações para o Grammy e o primeiro single britânico a conquistar o primeiro lugar nos EUA, desta vez com "You're Beautiful". Acabe-se mais um pouco com seu sorvete preferido, pois eu irei tomar o meu.

Sorvete de flocos

Talvez só um filho único para gostar de sorvete de flocos. Não é chocolate, o queridinho de todos, não é creme, o clássico, nem o festivo morango das crianças. Sim, filhos únicos são diferentes, gostam de bolo de nozes no aniversário, chocolate amargo, sorvete de flocos. Tantos assuntos sérios para comentar como a abertura do conteúdo pelo clássico The New York Times, a febre do RSS, o Tropa de Elite... Mas confesso que trocaria tudo por um sorvete duplo de creme neste domingo quente, parado. Todas as minhas energias (que são poucas hoje) estão poupadas para o delicioso sorvete de flocos. Nada a dizer, nada que me anima para ler. Nem mesmo um beijo seria tão gratificante como um sorvete de flocos. Acho que vou sair do calor desta notebook e pedir meu sorvete duplo de flocos. A cada chocolate perdido na imensidão branca uma descoberta no céu da boca.

Sorria!

Alguns dias de férias. Nada de posts, apenas chá gelado, vestidos floridos, rodados, sorvete, passeios a pé. No dia mundial sem carro, molhei as plantas, arrumei gavetas, rezei, chorei e dei risada. Ria também, faz bem para a pele.

Lesão coletiva

A peça Lesão cerebral, em cartaz no teatro Satyros 1, em São Paulo, é uma proposta estética baseada na obra de Barthelme, ou seja, um work in process aberto a muitas possibilidades de elocução. Renovado a cada etapa à medida que o grupo avança na compreensão e exploração das possibilidades cênicas do texto, seus resultados são denominados “exercícios cênicos” coletivos. Baseada na obra de Donald Barthelme (1931-1989), que escreveu entre os anos 60 e 80 para a revista New Yorker, Lesão Cerebral remete aos modernos, de Mallarmé a Joyce. Para o New York Times Book Review, a escrita de Barthelme “revela pequenas e bizarras conjunções que fazem enorme sentido”. As histórias de Barthelme têm humor e ironia, inspirados nos absurdos da vida moderna; são textos compactos, fragmentários e lacunares, configurando narrativas de tramas desconexas e surreais.

LESÃO CEREBRAL (De 23/08 até 27/09)
DIREÇÃO: Silvana Garcia
QUANDO: Quinta às 21h:00
QUANTO: R$10,00, R$5,00 oficineiros dos Satyros e moradores da Praça Roosevelt
LOTAÇÃO: 80 lugares
DURAÇÃO: 50 minutos

Planeta Web 2.0

Marcos Palacios, como sempre faz, dá ótima dica de leitura para esta semana. "Com prólogo de Alejandro Piscitelli e acesso totalmente livre na Web, sob licença Creative Commons, está sendo lançado hoje (10/9) o livro Planeta Web 2.0: inteligencia colectiva o medios fast food, de Hugo Pardo e Cristóbal Codo. Os autores se propõem a fazer um balanço das múltiplas tendências que se vêm aglutinando em torno do quadro de uma Web crescentemente colaborativa. "
Em sete capítulos e - segundo seus autores "sem vocação para prever o futuro" - o trabalho buscar estabelecer reflexões em torno de um questionamento básico: "vivemos em uma fase determinante e criativa da inteligência coletiva, ou simplesmente se trata de um cenário de meios fast food, de consumo rápido e de caráter amador e de baixa qualidade, em rápida transição em direção a uma nova etapa evolutiva?"

Curtas brasileiros em Munique

O Brasil Plural, mostra de cinema brasileiro na Europa, selecionou sete curtas-metragens para sua 10ª edição: Atrocidades Maravilhosas (doc/18min/RJ), de Lula Carvalho, Pedro Peregrino e Renato Martins; Início do Fim (ficção/7min/RS), de Gustavo Spolidoro; O lobinho nunca mente (ficção/9min/RJ), de Ian SBF; O presidente dos Estados Unidos (ficção/20min/PE), de Camilo Cavalcante; Oficina Perdiz (doc/20min/DF), de Marcelo Diáz; A vida ao lado (ficção/13min/DF), de Gustavo Galvão; e Sob o encanto da luz (ficção/18min/DF), de Dirceu Lustosa.

Além dos curtas inéditos na programação do Brasil Plural, serão exibidos quatro filmes na retrospectiva de 10 anos do festival: Os irmãos Willians (animação/11min/SP), de Ricardo Dantas; Os fiéis (ficção/16min/SP), de Danilo Solferini; Almas em chamas (animação/11min/SP), de Arnaldo Galvão; e Cine Holiúdy - O astista contra o caba do mal (ficção/15min/CE), de Halder Gomes. A mostra começa por Munique, no próximo dia 11 de outubro, e vai percorrer cidades da Alemanha, Áustria e Suíça, até janeiro de 2008. Serão exibidos também cinco longas, que estão em fase de seleção.

Com produção e organização da Associação Cultural Polemika, sob coordenação de Ralf Tambke e Marcia Paraiso, o Brasil Plural vem construindo, nos últimos 10 anos, um espaço extremamente importante para o cinema brasileiro na Europa de língua alemã, trabalhando com parceiros em cada um dos países - como entidades, instituições, cineclubes e universidades. Acompanhe o festival pelo site ou blog

Remixaram o castelo

"O castelo de Kelburn, um dos mais famosos da Escócia, precisava de uma nova pintura e os filhos do conde de Glasgow, os irmãos David e Alice Boyle, convenceram o seu pai nobre pai a grafitar todas as paredes do castelo da família. Para tal importante tarefa foram convocados, entre outros, os paulistanos Gustavo e Otávio Pandolfo (mais conhecido como osgemeos), Nina e Nunca. Os quatro ficaram os meses de julho e agosto fazendo sua arte e vivenciando todos os costumes escoceses para fazerem parte do projeto de dois anos dos irmãos Boyle que busca atrair atenção da mídia, e desafiar a compreensão do público tanto em relação à arte urbana do grafite quanto à instituição britânica do castelo". Leia mais sobre osgemeos no blog Sem Fio

Blogs, YouTube e websites nutrem De Palma de respostas sobre a Guerra no Iraque

Em entrevista a Folha de S. Paulo, Brian De Palma fala sobre seu novo filme "Redacted" (Editado). A partir de pesquisas na internet, principalmente no YouTube, De Palma resolveu contar a história do estupro de uma garota de 14 anos, que foi morta com um tiro no rosto, teve a família massacrada e o corpo queimado. "Como esses garotos podem ter chegado a esse ponto? Procurando respostas, li blogs de soldados, vi seus vídeos amadores, surfei por seus websites e pelo material postado no YouTube. Estava tudo lá, e tudo em vídeo". Para De Palma, a partir da tecnologia digital, não temos idéia de onde isso vai parar. "Há correspondentes de TV em várias partes do mundo que transmitem programas ao vivo, de suas próprias casas. Hoje cada um pode ter seu programa de TV. Isso é uma revolução", disse De Palma para a Folha. O filme já é a grande polêmica do Festival de Veneza. O Digital Journal traz uma interessante entrevista com De Palma.