11.8.07

Retalhos da vida


Retalhos, raspões, vermelho com flores, verde mata, saudade. Tem dias que a falta de ar, a vontade de silêncio absoluto e a necessidade de sonhar tomam conta de mim. Ser filha única nos faz egoístas, não preparados para mudar o plano do dia no meio do caminho. Eu tento, venho tentando há anos deixar a vida me levar. Mas o que eu queria mesmo era congelar o relógio, andar sem bagagem, sem lenço. Eu queria apenas sonhar com uma realidade mais doce. Queria um Dia dos Pais diferente. Uma família grande em volta da mesa de madeira da fazenda... 8 lugares, muitas flores vermelhas e um bate-papo delicado, embalado com beijos entre filhos, pai e avô. Me contentei com um almoço estressado no shopping [comemorado um dia antes], pois a agenda do domingo será com o pai. Meu filho me pergunta se posso ir junto almoçar com o pai. É, não posso, já que o pai não senta na mesa larga de madeira faz muito tempo. Meu pai não ouve o que eu falo, pois também já falo menos, apenas concordo com o encontro no shopping, um lugar que detesto. Cheio de classe-médias ansiosos pela promoção da Vivo, da Tim Ansiosos por um novo pré-pago com câmera digital.
Que dia cheio, exaustivo. Para recarregar as energias: dois sites que acesso para remixar o dia-a-dia sonhando com tecidos de algodão. Stephanie Levy e Cloth Fabric. Feliz Dia dos Pais!

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