20.1.09

Darwin contador de histórias










Sempre gostei de biologia, raízes evolutivas e principalmente Charles Darwin. Tudo sobre ele me fascinava no colégio. Devorava suas pesquisas, sua biografia, enfim, um luxo para uma menina caipira de 13 anos. Hoje, dois pesquisadores distantes: Jonathan Gottschall, da Pensilvânia, e Joseph Carrol, do Missouri, estudam como as teorias evolutivas de Darwin se aplicam à literatura. Amei! Eu explico: amo histórias e acredito no hábito de contar histórias, na oralidade. Remixagem total!

O resultado da pesquisa, que envolveu 500 pessoas e um questionário sobre 200 romances clássicos vitorianos, pode ser lido na revista “Evolutionary Psychology” (vol. 4, página 716). Os personagens dos romances, por exemplo, refletiam a dinâmica de sociedades de caçadores-coletores, nas quais a dominância de indivíduos era suprimida em prol do bem geral. A mocinha de “Orgulho e Preconceito”, Elizabeth Bennett, de Jane Austen, por exemplo, teve pontuação elevada em dedicação e o conde Drácula, do livro de Bram Stoker, ganhou como caçadores de status e em dominância social.

“Talvez as narrativas – sejam as da televisão ou as de contos populares – sirvam na verdade a uma função evolutiva específica. Não são apenas subprodutos”, diz Gottschall

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