Hoje (19/01/2009) comemoramos o bicentenário de nascimento do escritor norte-americano Edgar Allan Poe. A grande maioria conhece um Poe policial, esplendorosamente enigmático. Eu, particularmente, gosto muito do frio Poe de
Filosofia da Composição. Para quem morreu aos 40 anos, deixando uma vasta bibliografia, todas as comemorações durante 2009, incluindo os festejos nas cinco cidades onde viveu (Boston, Richmond, Baltimore, Filadélfia e Nova York) parecem pequenas. Para Luís Augusto Fischer, professor de Literatura da UFRGS, em artigo no caderno Mais!, diz que “Poe propõe, em
Filosofia da Composição, uma tese-síntese da literatura que quer capturar o leitor (...) aquele leitor que já não vive nos palácios e sim na rua, que não é aristocrata vivendo da renda da terra e, portanto, ocioso, mas sim o burguês correndo atrás da grana, com tempo curto”.
Freud e Lacan também foram grandes leitores de Poe, apaixonados por suas correlações entre sonho e fantasia. Sem falar em Charles Baudelaire, que o traduziu para o francês e o admirava. Sempre gostei de sua audácia em defender o conto contra o romance...
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