Reproduzo aqui o pensamento da pesquisadora Luciana Moherdaui, pois concordo em gênero, número e grau. Parabéns pela clareza e objetividade em dizer com todas as letras que widgets não são plus do marketing.
"Artigo publicado na quinta-feira, 9, no El Pais sobre Internet x televisão coloca no bojo da produção o uso de widgets para complementar o conteúdo da tevê: "La aplicación TV Widgets, que se comercializará a mediados de este año, permitirá a los espectadores poder consultar información en Internet mientras ven televisión". Trata-se de excelente oportunidade para discutir convergência (distribuição de mídias no browser) e hibridização (novo formato a partir do mix de elementos).
Esta pesquisadora já postou comentário criticando o fato de a Globo usar mobile e web para atrair o telespectador. Não dá mais para apropriar-se dos elementos de composição para criar uma idéia de plus. É preciso partir para uma prática mais audaciosa até porque os dispositivos - tevê, computador e celular - deixaram de ter funções restritas às suas características para se tornarem plataformas de remix completamente reconfiguradas. Isso significa que um celular não tem mais a função de fazer e receber ligações, a tevê não exibirá apenas a programação determinada pelas emissoras e o computador virou um metameio, nas palavras do pesquisador russo Lev Manovich, uma ferramenta composta por outras ferramentas para criar o que ele chama de remix profundo - mistura de elementos de composição e integração de programas de edição, ilustração e publicação, por exemplo. Portanto, o que está em jogo é pensar a estrutura de criação a partir de uma cultura de rede baseada cada vez mais no agenciamento e no tageamento e não em reproduzir metáforas analógicas que complementem conteúdo". Lindo Luciana! Sou sua fã!
Leia a íntegra da discussão no El País
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