9.1.08

Sempre fui não-linear

Julio, do Digestivo Cultural me fez contar um pouco das histórias que vivi em mais de uma década de internet no Brasil: "Fui a terceira mulher na BBS Mandic; e coloquei no papel a primeira coluna sobre BBSs". E, até por causa desse background, aposto desde sempre na fusão da mídia estabelecida com a internet: "Ter um blog, hoje, é uma experiência fundamental para qualquer jornalista; e o primeiro passo para entender a blogosfera é navegar por ela". Ao mesmo tempo, não tema o avanço do público sobre a nova mídia: "A sociedade atual é 'remixada', e os internautas querem contar suas vivências.
Não vejo a tecnologia como vilã ― e até sou criticada por isso". Usando uma metáfora computacional, resume bem o momento presente: "O hardware não importa mais; o software, a linguagem, é tudo". Para terminar, aconselha: "Navegar é, mais do que nunca, preciso. Encare a Rede". Em outro trecho da entrevista confesso minha não-linearidade.

"Acho que nasci meio multimídia, não-linear. Minha mãe conta que quando eu tinha uns cinco, seis anos, assisti Luzes da Cidade, de Chaplin, fui para o quintal, colhi rosas, coloquei um lenço na cabeça e fui vender para a vizinhança como a florista no filme. Sempre fui curiosa e vivia em busca do novo. (...)". Adorei a entrevista, acho que você vai gostar também.

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