Hitler usava em seus discursos a famosa "identidade ariana", supostamente a identidade alemã. Um dos elementos que Hitler colocava como legitimamente alemã era a música de Richard Wagner.
A princípio, a ligação era apenas porque Wagner, com seu talento e reconhecimento, simbolizava a superioridade alemã. Porém, para Joachim Köhler, era muito mais do que isso.
Köhler defende que Wagner é o verdadeiro autor da teoria de superioridade alemã e, principalmente, da superioridade da "raça" ariana frente aos judeus.
É apenas uma teoria, mas não é descabida. Wagner tinha, efetivamente, preconceito em relação aos judeus. Chegou a dizer, em um de seus ensaios escritos, que os judeus alemãos deveriam abandonar sua cultura judia e assumissem a cultura alemã. Há registro de outras frases ant-semitas de Wagner, o que abre espaço para discussão se , de fato, Wagner era uma inspiração apenas musicial ou se era também ideológica.
Seja como símbolo alemão, seja como influência ideológica, Wagner era adorado por Hitler. Um documentário mostrado na semana passada no The History Channel mostrou que desde os seus primeiros discursos, Hitler citava Wagner para criar a identidade alemã, abalada depois da humilhação imposta pelo Tratado de Versalhes.
A belíssima música de Wagner, amplamente utilizada até hoje em filmes e ouvida por milhares, talvez milhões de admiradores, foi muito utilizada militarmente por Hitler para cometer as maiores atrocidades que o século XX presenciou.
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