4.6.06

Princesa Sofia ao som "Age of Consent"

Toda história tem uma música particular. Sempre acreditei nisso, mesmo quando gravava meu set list em fitas K7 e subia no telhado de casa, com meus 13 anos e meu walk-man ultra-moderno, para escrever loucamente roteiros não-lineares. Depois trocamos pelos disc-man – muito chique levar nossos CDs preferidos para outros telhados. Agora, levamos os nossos mp3 players ou ipods. Só mudamos de suportes.

A cada trajeto, encarado como solitário pela maioria dos anônimos, presos na Matrix do século XXI, nós, os que ouvimos música enquanto trabalhamos, dormimos, fazemos supermercado, dirigimos, ou estudamos para o vestibular, sabemos que a alma é sonora, não tem jeito. O áudio está presente em tudo. Solidão que nada, você que é linear e não percebeu que as conexões existem em tudo, nosso subconsciente faz isso o tempo todo, grande Freud já nos contou isso no século passado.
Sonoridade afiada é o que propõe Sofia Coppola em seu novo longa "Marie-Antoinette". Revisitar o palácio de Versalhes ouvindo "New Order" não é para todos, apenas os escolhidos, como Sofia. O festival de Cannes vaiou o roteiro enquanto assistia a deslumbrante Kirsten Dunst no papel de uma rainha Lolita. Que coisa mais linear olhar apenas o roteiro e não perceber que o filme todo se baseia na releitura que Sofia faz da França.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pollyana,
Me cadastrei no remix narrativo... vou começar a arranhar algumas coisas...
Nos vemos na quarta, um beijo
Cinthia

dnery disse...

Olá Polly!
aqui é teu ex-aluno Daniel de multimeios! gostei do primeiro post que li e garanto que lerei todo seu blog! e aproveito para dizer que o layot está com problemas no Firefox: o header está desalinhado! :(

te deixo, também, um post no meu blog! aqui ó!

bejão!

ps: não sei se você gosta que te chame assim, mas sinto uma vontade incontrolável toda vez que escuto seu nome!